
A Federação Catarinense de Municípios (FECAM) busca acordo com o governo de São Paulo para que prefeituras de Santa Catarina adquiram doses da vacina CoronaVac. O presidente da federação, Paulo Roberto Weiss, deve ir a São Paulo para assinar um protocolo de intenções com o Instituto Butantan, responsável pelo desenvolvimento do imunizante no Brasil. Segundo Paulo, o protocolo credenciaria os municípios catarinenses a ter acesso a vacina, após a aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
A vacina acaba de ingressar na etapa final de testes. O anúncio que foi realizado nesta segunda-feira (23) durante uma coletiva de imprensa, revelou que o estudo da fase 3 da CoronaVac, atingiu o número mínimo de infectados pela Covid-19 necessários para o início da fase final de aprovação, e entra agora em uma nova etapa, que permite a abertura do estudo e a análise dos resultados. O imunizante demonstrou segurança e resposta imune satisfatória durantes as primeiras fases.
A fase 3 do estudo é realizada por meio da divisão dos voluntários em dois grupos iguais, sem conhecimento prévio: uma parte tomou a vacina e a outra, um placebo. Para que a análise interina do imunizante fosse realizada, era preciso que ocorressem ao menos 61 casos de infecção pelo novo coronavírus entre os 13 mil participantes do estudo. Ao todo, 74 voluntários foram infectados.
Esse grupo de pacientes infectados permite a realização da primeira análise de eficácia da vacina. Se necessário, o estudo pode ter ainda uma segunda análise, que é feita a partir de 154 casos confirmados entre os 13 mil voluntários. A expectativa do Instituto Butantan é de que o Comitê Internacional Independente que acompanha a pesquisa divulgue os resultados da eficácia na primeira semana de dezembro.
Estado de SC não participa da negociação entre a Fecam e Butantan
Prefeito da cidade de Rodeio, no Vale do Itajaí, o presidente da instituição afirmou que a discussão é liderada pelo Conselho Executivo e pela equipe técnica da entidade. Roberto também afirmou que a iniciativa é uma forma dos municípios serem pioneiros. A entidade entende que a volta das aulas é importante para que Santa Catarina retome as atividades, por isso priorizará a imunização de professores e idosos. A previsão é de que a vacina esteja disponível no primeiro semestre de 2021.
O governo de Santa Catarina não participa da negociação, mas será convidado a discutir o tema e partilhar informações, informou a FECAM. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), SC só irá aderir ao Plano Nacional de Imunização do governo federal.