Fiocruz alerta para aumento de casos de síndromes respiratórias em crianças em SC

Respiratória

O aumento do número de casos da SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), não associados à Covid-19, se mantém muito elevado entre crianças de 0 a 9 anos em Santa Catarina, segundo o boletim InfoGripe da Fiocruz desta quinta-feira (11).

Porém, o cenário é diferente para a população adulta acima de 20 anos, na qual ainda há o predomínio quase absoluto de diagnóstico de Covid-19 entre os casos de SRAG. O número de novos casos semanais se mantém em estabilidade. A análise compreende os dias 31 de outubro e 6 de novembro.

A partir de julho deste ano, também cresceram gradualmente os casos de infecção por outros vírus respiratórios, como o adenovírus e parainfluenza.

Nenhuma das 118 macrorregiões de saúde apresenta nível de SRAG extremamente alto. No entanto, além de Santa Catarina, outros 15 Estados estão em nível muito alto: Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Os indicadores de nível de casos semanais também mostram que a maioria das capitais está em macrorregiões de saúde com nível alto ou muito alto, embora os números sigam melhorando gradativamente.

No país como um todo, o boletim aponta sinais de estabilidade. Mesmo assim, o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, diz ser necessário “ter cautela e acompanhar o impacto das medidas de flexibilização”.

 

SC tem crescimento da SRAG nas últimas semanas

Em sete Estados há uma tendência de crescimento dos casos síndromes respiratórias nas últimas seis semanas. São eles: Acre, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Pará, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.

Por outro lado, o boletim aponta que na maioria deles o cenário de crescimento recente é compatível com oscilação em torno de um valor estável.

Santa Catarina, apesar da situação compatível com oscilação em torno de valor estável, apresenta sinal de crescimento a curto prazo — nas últimas três semanas. O mesmo se repete em Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Paraná, São Paulo e Tocantins.

Em São Paulo, houve um aumento restrito à população infantil, também associada a casos por outros vírus respiratórios. Atualmente, esses outros vírus provocam mais casos de SRAG do que a Covid-19 em crianças.

Na Capital Florianópolis há uma tendência de queda de casos a longo prazo, como também em outras 11 Capitais.