Florianópolis vai reforçar fiscalização nas ruas no Carnaval

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A Vigilância Sanitária de Florianópolis vai reforçar a fiscalização nas ruas  para evitar aglomerações durante o Carnaval. Em dezembro do ano passado, a Prefeitura de Florianópolis anunciou o cancelamento do desfile das escolas de samba no Complexo Nego Quirido.

O mesmo ocorreu com os blocos de rua e a festa do Berbigão do Boca, devido à pandemia da Covid-19. Não está descartada a possibilidade do município não decretar ponto facultativo nos dias 15 e 16 de fevereiro, segunda e terça de Carnaval.

Segundo a prefeitura, serão disponibilizadas mais equipes da Vigilância Sanitária nas ruas. O objetivo é atuar em locais que realizam eventos carnavalescos. “Atuará, preventivamente, nas ações de rotina em locais que comumente realizam eventos”, disse a prefeitura  por meio da assessoria.

A Vigilância Sanitária também irá atuar atendendo denúncias que devem ser registradas pelo covidometrofloripa.com.br,  na aba denúncias Vigilância Sanitária, ou pelo número 153 da Guarda Municipal.

A GMF deve reforçar seu efetivo para colaborar nas fiscalizações da Vigilância Sanitária “Estamos fazendo fiscalização em conjunto com a Vigilância Sanitária. Eles coordenam, pois recebem as denúncias e nós vamos a apoio”, explicou o subcomandante da GMF, Ricardo Pastrana.

 

Foto: Flávio Tin

 

Questionado sobre a alternativa de não decretar ponto facultativo durante o carnaval na tentativa de evitar aglomerações, o secretário de Turismo, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico de Florianópolis, Juliano Pires, disse que ainda não foi definida essa questão com o prefeito Gean Loureiro (DEM).

Sem desfile e desemprego

O presidente da Liesf (Liga das Escolas de Samba de Florianópolis), Moacyr Gomes, o “Cy”, disse que as agremiações iniciaram o plano para o Carnaval 2022. Sobre a possibilidade de um evento online com as escolas, ele foi incisivo.

“Não faremos nada no carnaval. As pessoas querem ficar perto uma da outra. Os próprios presidentes não querem fazer nada. No fundo, no fundo, nosso carnaval é de passarela”, disse.

Moacyr frisou que o momento agora é de planejar, “se reinventar daqui pra frente. Fazer um plano de trabalho para organizar a liga e o nosso Carnaval”.

Segundo o presidente da Liesf a não realização dos desfiles acarretará em desemprego e no fim do complemento de renda de aproximadamente 1,5 mil pessoas. Moacyr destacou que apenas no galpão das escolas, nos ensaios técnicos, costureiras, aderecista, trabalham cerca de 250 pessoas.

 

Foto: Anderson Coelho

 

 “O carnaval é uma máquina de dar emprego. Serão muitas pessoas sem receber, sem trabalhar. Essa época já estava preparando os ensaios técnicos. Muita gente fica esperando o final do ano para ganhar dinheiro no Carnaval”, contou.

Outras cidades

Outras cidades com tradições carnavalescas em Santa Catarina também decidiram cancelar os festejos carnavalescos.

Em Balneário Camboriú, no Litoral Norte, a Liga Carnavalesca Independente, que representa associados e foliões de 28 blocos e escolas de samba, anunciou que não haverá desfiles, trios elétricos ou shows no palco da Praça Almirante Tamandaré.

A Liga Independente das Escolas de Samba de Joaçaba e Herval d’Oeste, na Serra Catarinense, composta pelas escolas de samba, Aliança, Unidos do Herval, Vale Samba e Acadêmicos do Grande Vale, também avisaram que não realizarão o desfile das escolas de samba.

Em São Francisco do Sul, no Norte do estado, as festas carnavalescas também foram canceladas. A prefeitura informou que em virtude da pandemia, não haverá condições de organizar o Carnaval neste ano. A prefeitura disse que ainda espera a vacinação para pensar em alternativas para a festa.

Em Laguna, no Litoral Sul de SC, a festa carnavalesca foi adiada em virtude das restrições sanitárias de combate ao novo coronavírus, porém há uma proposta de transferir o carnaval 2021 para o segundo semestre deste ano, caso as circunstâncias da Covid-19 tenham sido estabilizadas.

Por: ND+