Fotodocumentário retrata a biocultura da mandioca em Santa Catarina

Está disponível para visitação através da galeria online, o fotodocumentário “A Rota Catarinense da Mandioca” que mostra os detalhes da biocultura desenvolvida a partir da mandioca, a raiz mais brasileira de todas, foi contemplado pelo XVI Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia.

Entre os meses de janeiro e junho, de 2022, o fotógrafo Alvaro Fiore retratou o cotidiano de famílias tradicionais que se dedicam à prática ancestral do cultivo e ao processamento da mandioca. Também fotografou engenhos de farinha que fazem parte da Rede Catarinense de Engenhos de Farinha e atuam como pontos de cultura, integrando roteiros de turismo sustentável e de base comunitária na grande Florianópolis e Vale de Itajaí.

Os saberes e fazeres dessas famílias, que mantêm viva a tradição de produzir farinha de mandioca de maneira artesanal, chamou a atenção do fotógrafo argentino assim que se mudou para o Brasil, há cinco anos. “Apesar de ter visto e provado a farinha de mandioca em visitas ao Brasil e a outros países da América Latina e Ásia, foi quando me mudei para Bombinhas que meu interesse e encantamento pela raíz e seu processamento aumentou. Em 2019, fui convidado pelo Instituto Boimamão e pela Tramela produções a participar do projeto fotográfico Vidas de Engenho para registrar e documentar em um livro os sete engenhos artesanais de farinha de mandioca que ainda permanecem em pé”.

Em “A Rota Catarinense da Mandioca”, Fiore fotografou as famílias Gelsleuchter (Angelina), Souza (Garopaba) e Heidenreich (Florianópolis) em suas roças e engenhos. Também fazem parte do seu projeto os registros do Casarão Engenho dos Andrade (São Antônio de Lisboa, Florianópolis), a Associação comunitária rural de Imbituba nas terras da comunidade dos Areais da Ribanceira, o Instituto Boimamão e Museu comunitário Engenho do Sertão (Bombinhas) e a Horta comunitária e roça experimental de mandioca do Parque do Pacuca, no Campeche, Florianópolis.