Nesta quinta-feira (14), lombadas eletrônicas da BR-470 começaram a ser desativadas e retiradas. Em nota, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), esclarece que os contratos relativos ao Programa Nacional de Controle Eletrônico de Velocidade (PNCV) tiveram vigência encerrada em janeiro deste ano.
Na semana passada, em transmissão de seu Facebook pessoal, o presidente Jair Bolsonaro, havia comentado que não manteria lombadas eletrônicas no Brasil. “Não teremos mais nenhuma nova lombada eletrônica no Brasil. As que existem, quando forem perdendo a validade, não serão renovadas. […] Vale lembrar que o DNIT estava, até pouco tempo, na mão de partidos políticos. Isso acabou e esse departamento está, agora, voltado para trabalhar 100% em benefício dos condutores”.
Diferente da posição de Bolsonaro, em afirmar que as lombadas que perderam a validade não serão substituídas, o Dnit confirmou que haverá um processo de modernização dos equipamentos eletrônicos de controle de tráfego nas rodovias federais.
Pontos estratégicos
A nova posição do Dnite, segundo o Ministro de Infraestrutura, Tarcísio Freitas, será voltada para pontos estratégicos de controle de velocidade. Essa mudança é par que o valor gasto em contratos de lombadas eletrônicas seja aplicado na manutenção e restauração de rodovias. “O controle de velocidade deve existir onde os acidentes são causados por excesso de velocidade, mas nem todo acidente é gerado por isso, temos acidentes que acontecem por imprudência no trânsito ou por problemas estruturais na via”, afirma.
Mortes na rodovia
A BR-470 é uma das rodovias federais que mais mata no Estado de Santa Catarina. Em 2018 foram registradas 102 mortes apenas no trecho do Vale do Itajaí, entre Navegantes e Pouso Redondo. Número 38% maior do que no ano de 2017, que registrou 74 mortes no trecho. Foi o maior número de mortes na rodovia desde o ano de 2014.
Vale lembrar que as obras de duplicação da BR-470 duram anos. O orçamento da União para 2019 são de R$98 milhões para as obras, no ano passado, foram investidos R$ 122 milhões.