Incêndio mata dez pessoas em pousada de Porto Alegre

Um incêndio matou dez pessoas em uma pousada na área central de Porto Alegre (RS) na madrugada desta sexta-feira (26). A décima vítima foi encontrada já pela manhã, após uma varredura no local. De acordo com o Corpo de Bombeiros, ainda há desaparecidos. As informações são do g1.

O fogo teria começado durante a madrugada, e foi controlado pelas equipes por volta das 5h. A pousada atingida pelas chamas fica na avenida Farrapos, entre as ruas Garibaldi e Barros Cassal, no sentido Centro-bairro.

A prefeitura de Porto Alegre informou que o local recebia pessoas em situação de vulnerabilidade social. No momento do incêndio, estavam no local, que é privado, 30 pessoas, sendo que as estadias de 16 delas eram mantidas com dinheiro público.

Ao todo, foram localizadas dez vítimas fatais dentro do imóvel, sendo que duas estavam no primeiro andar do prédio, cinco no segundo andar, e três no terceiro.

Outras onze pessoas foram resgatadas com vida do local. Todas elas precisaram de atendimento médico e foram levadas para hospitais pelos bombeiros e Samu. Ainda não se sabe o que deu início ao incêndio.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), seis pessoas foram levadas Hospital de Pronto-Socorro. Destas, quatro estão em estado grave, sendo que duas estão entubadas, uma passa por cirurgia e outra recebe atendimento por ter inalado fumaça.

Outros três pacientes foram levados ao Hospital Cristo Redentor. Um deles está com 20% do corpo queimado, outra vítima machucou o tornozelo, e há uma vítima que não teve informações divulgadas.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, os quartos da pousada eram muito próximos, o que facilitou o fogo se alastrar e dificultou a saída das vítimas. O local funcionava de forma irregular, sem alvará ou plano de proteção contra incêndio.

Investigações buscam descobrir o que deu início ao incêndio. Um morador teria tentado apagar o fogo com um colchão, o que fez com que as chamas se alastrassem.

A Defesa Civil aponta que trabalha com a hipótese de incêndio criminoso, mas a Polícia Civil diz que não encontrou indícios que colaborem com essa hipótese. O laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP) poderá atestar o que de fato ocorreu no local.