O bebê Henrique dos Santos Delfino, de Joinville, que foi submetido a um transplante de coração ao completar um ano, no último dia 30, morreu na tarde deste sábado (9) no Hospital da Criança Santo Antônio, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
A informação foi confirmada pela tia paterna do menino e compartilhada pela mãe na madrugada deste domingo (10) em uma rede social. A causa da morte foi uma hemorragia pulmonar, segundo a família.
A história de Henrique mobilizou milhares de pessoas nas redes e comoveu os catarinenses durante a espera de mais de seis meses de espera por um doador compatível. O bebê conseguiu receber um novo coração e o transplante ocorreu no dia do aniversário. Desde então, ele permanecia em recuperação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
O corpo de Henrique é velado na Capela Mortuária São Sebastião, que fica no bairro Iririú, em Joinville. O sepultamento será às 9h30 desta segunda-feira (11), no Cemitério Municipal São Sebastião.
A busca e os desafios para conseguir um transplante para o menino começou quando ele ainda tinha cinco meses, depois de apresentar sintomas de uma gripe forte e receber o diagnóstico de bronquiolite. O quadro de saúde do bebê se agravou e um exame mostrou o diagnóstico de miocardiopatia dilatada.
Durante a espera pelo transplante, Cristiane, o marido Edson e filha do casal de 5 anos, saíra de Joinville e se mudaram para Porto Alegre para acompanhar a internação do menino. Enquanto isso, a família fez uma campanha pela internet.
Em entrevista, a mãe do garoto disse que o objetivo era incentivar e mobilizar as pessoas para a doação de órgãos. “Muitas crianças acabam morrendo na fila do transplante por falta de informação. A gente fez essa campanha para as pessoas se conscientizarem sobre a importância da doação de órgãos”, observou Cristiane.
O bebê Henrique conseguiu encontrar um doador mesmo dependendo de uma série de pré-requisitos, mas durante a recuperação poucos dias depois da cirurgia ele não resistiu.
No ano passado, dos 282 doadores de Santa Catarina, só oito tinham menos de 10 anos. Embora o estado seja referência nacional em doação de órgãos, não faz transplantes pediátricos. No Hospital Santo Antônio, desde o ano 2000 foram feitos 20 transplantes do coração em crianças. Com informações G1