O capitalismo não combina com o meio ambiente

Na maioria das cidades, de todas as regiões do país, os governos não demonstram nenhum compromisso com o meio ambiente e com a população. Estão preocupados apenas em manter seus lucros, mesmo que isso custe a destruição do meio ambiente. O uso irracional dos recursos naturais tem provocado impactos em proporções gigantescas. A exploração capitalista se move por uma lógica de curto prazo, o que é incompatível com o tempo de recuperação da natureza.

Desde seu início, o capitalismo destrói o meio ambiente de diversas formas: o desmatamento das florestas pelo agronegócio e a poluição do ar pelas grandes indústrias são exemplos do que contribui para a mudança climática global. Além disso, tivemos recentemente a maior tragédia ambiental da história do Brasil, em Mariana (MG), com o rompimento de uma barreira de rejeitos. Ao todo, foram despejados 55 bilhões de litros de lama tóxica que soterraram o distrito de Bento Rodrigues. Sem qualquer esquema de emergência providenciado pela mineradora Samarco, o desastre deixou sete mortos e 12 desaparecidos, além de acabar com o Rio Doce, sua diversidade de animais e sua capacidade de gerar renda para várias famílias da região que viviam da pesca.

As causas de toda degradação e superexploração dos recursos naturais só terão fim quando o capitalismo deixar de existir. A partir de então, a exploração dos recursos naturais poderá se dar de forma sustentável. E por um simples motivo: o objetivo não será a superprodução para obtenção de lucro, mas a satisfação das necessidades da população e manutenção dos meios de vida. Por isso e para a salvação do meio ambiente, o capitalismo deve ser destruído. Não basta defender a preservação sem ter claro que as questões ambientais só podem ser verdadeiramente compreendidas no plano de luta de classes e antiimperialista.

O fim da exploração irracional dos recursos do planeta só pode ser alcançado por um mundo socialista, baseado na propriedade social dos meios de produção e no planejamento econômico que garanta a racionalização da exploração dos recursos do planeta. A revolução socialista é a única chance de salvar a vida humana e o meio ambiente.

Ederson da Silva, candidato a vice-governador pelo PSTU de Criciúma, professor ACT do estado militante do movimento negro e líder sindical

 

O projeto Cobertura Eleições SC 2018 – Jornais Impressos e Digitas, realizado em parceria pela Associação de Diários do Interior (ADI-SC) e a Associação dos Jornais do Interior (Adjori-SC),  com a participação do SCPortais de Notícias (scportais.com.br) e da Rede Catarinense de Notícias (rcnonline.com.br), além de veículos independentes, prevê a participação dos candidatos a vice-governador (a) por meio de artigos. Foram apresentados três temas. O escolhido por Ederson da Silva foi “Meio ambiente, turismo e desenvolvimento sustentável”.