Nesta semana me peguei pensando e refletindo sobre esta pergunta, “O que nossas crianças tem aprendido sobre ser um SER HUMANO através das nossas atitudes neste caos chamado pandemia?
Por que pensei isso?
Vejamos: fui ao mercado e na entrada a pessoa na minha frente estava com uma criança de aproximadamente dois anos. A responsável pela criança (não sei se era a mãe, mas era a pessoa responsável pela segurança daquela criança naquele momento) estendeu a mão para que o trabalhador pudesse medir sua temperatura. Imediatamente a criança estendeu o braço como sinal de que também estava pronta para que sua temperatura pudesse ser medida. Após o fato, entrou no mercado com a responsável, passou álcool nas mãos e trilhou seu caminho rumo às compras.
Fiz o mesmo procedimento e segui meu caminho, terminei minhas compras e me peguei pensando em como deve ser a relação dessa criança com o cenário em que vivemos?
O Estatuto da Criança e do Adolescente (famoso ECA) é claro quando diz que o Estado (leia-se Poder Público), a Família, a Comunidade e a Sociedade em geral, são os responsáveis pelo pleno desenvolvimento desses seres ainda em formação – tanto física quanto psicológica.
“Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.” (Brasil, ECA, 1990).
Em meio a tanto sofrimento que venho acompanhando de crianças e adolescentes enfrentando situações de violências e maus tratos, o que estamos pensando e deixando para o futuro delas? Já que segundo ditos populares as crianças são o futuro da sociedade.
Que futuro é este que estamos oferecendo a nossos pequenos seres em pleno desenvolvimento que refletem e multiplicam o que aprendem ou absorvem?
ALINE VICENTINI – Instituto Araxá
Assistente Social – Especialista em Gestão Pública