Organizadores do Lollapalooza recorrem de proibição do TSE

lollapalooza 2022

Nesta domingo (27), a organização do festival Lollapalooza decidiu recorrer da determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que proibiu manifestações políticas pelos artistas no evento. A medida foi determinada pelo ministro Raul Araújo.

O magistrado do TSE atendeu a um pedido do Partido Liberal (PL), que entrou, neste sábado (26), com uma representação na Corte contra o festival de música após artistas como Pabllo Vittar criticarem o atual presidente e exaltarem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principal adversário de Bolsonaro nas eleições deste ano.

Ao decidir recorrer da decisão, o Lollapalooza pediu a revisão da determinação e que nenhuma penalidade seja aplicada. Para os organizadores, “não se pode querer transformar os eventos culturais em movimentos absolutamente neutros, sem participação política, sem que os legítimos interesses políticos sejam expressos, ou seja, não se pode querer que os diversos eventos sociais não possam ter uma participação ativa nas questões eleitorais”.

Ao proibir as manifestações, o ministro Raul Araújo disse que “a manifestação exteriorizada pelos artistas durante a participação no evento, tal qual descrita na inicial, e retratada na documentada anexada, caracteriza propaganda político-eleitoral”.

De acordo com o despacho do magistrado, fica proibida “a realização ou manifestação de propaganda eleitoral ostensiva e extemporânea em favor de qualquer candidato ou partido político por parte dos músicos e grupos musicas que se apresentem no festival”, sob pena de multa de R$ 50 mil por ato de descumprimento.