Petrobras vai elevar preço de venda de gás para distribuidoras em 39% em maio

Petrobras

A Petrobras (PETR4) informou que seus preços de venda de gás natural para distribuidoras terão aumento de 39% a partir de 1° de maio, em comparação com o último trimestre.

O aumento no valor em reais por metro cúbico deve-se à aplicação de fórmulas dos contratos de fornecimento, “que vinculam o preço à cotação do petróleo e à taxa de câmbio” e preveem reajustes trimestrais, disse a estatal em comunicado ao mercado nesta segunda-feira.

Se considerado o valor do gás em dólares por milhão de Btu, o aumento seria de 32%, acrescentou a companhia.

Petrobras – TCU

O Tribunal de Contas da União (TCU) apertou a fiscalização em torno da venda da Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia. Uma semana depois de a Petrobras (PETR4) assinar contrato com o novo dono – o fundo de investimento Mubadala, dos Emirados Árabes -, o ministro Walton Alencar pediu que sua equipe técnica apresente um parecer para decidir se suspende ou não a privatização da fábrica de combustíveis. O receio do TCU é que a Rlam tenha sido vendida por um preço inferior ao seu valor de mercado.

 

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Segundo o Estadão, o contrato de venda da refinaria para o Mubadala foi assinado no último dia 24, logo após o conselho de administração da Petrobras aprovar a conclusão do negócio. O fundo árabe vai pagar US$ 1,65 bilhão pela refinaria. Mas, segundo o ministro do TCU, a própria Petrobras havia definido um preço de US$ 3,04 bilhões como referência no processo de alienação do ativo.

Cálculo

No cálculo deste valor, a empresa já considerou a evolução da pandemia de covid-19, no ano passado, num cenário denominado “base”, no qual são aplicadas “metodologia e premissas técnicas e econômicas mais robustas, criteriosas e sem viés pessimista ou otimista”, de acordo com o Tribunal.

Diante da diferença entre o valor fechado com o Mubadala e o preço usado como referência pela Petrobras, o subprocurador-geral do TCU, Lucas Rocha Furtado, alertou o ministro sobre a venda da Rlam “a preços abaixo do seu valor de mercado”. Alencar é o relator do processo de fiscalização da privatização das refinarias estatais.