SC soma 59 casos e 2 mortes por síndrome pediátrica rara causada pela Covid

pediátrica

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) confirmou nesta quinta-feira (10) que Santa Catarina soma 59 casos e 2 mortes causadas pela Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) associada à Covid-19 em crianças e adolescentes de 0 a 19 anos. A doença é rara e pode atingir pessoas sem nenhuma doença preexistente e após terem sido infectadas com o coronavírus.

Todos os pacientes foram hospitalizados. A média de internação é nove dias em leitos de enfermaria e seis dias em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).Os dados foram contabilizados do início da pandemia até o dia 10 de fevereiro de 2022.

Trinta casos foram registrados em Florianópolis e 13 em Blumenau, no Vale. A Capital catarinense também registrou uma das mortes. O outro óbito foi em Itajaí, no Litoral Norte.

Em relação a faixa etária, 20 crianças tinham entre 5 a 9 anos. Entre 1 a 4 anos, foram 19 casos. Os dois óbitos ocorreram em crianças de 5 a 9 anos.

Segundo a SES, além de prevenir a ocorrência de casos, hospitalizações e mortes, as vacinas contra Covid-19 podem reduzir o risco de ocorrência de sequelas da doença em todas as suas formas, incluindo os casos de SIM-P. Atualmente, a Pfizer e a CoronaVac estão autorizadas para a imunização de crianças e adolescentes no estado.

Até a tarde de quinta, a cobertura vacinal para adolescentes com a primeira dose é de 86,0%. Com a segunda dose, 50,7% do público já foi imunizado.

Segundo o governo de Santa Catarina, 5.919.435 pessoas tomaram a primeira dose no estado, o que representa 87% da população vacinável. O número de moradores com a segunda dose é de 262.421. Com a dose de reforço, já são 1.458.127 habitantes.

SIM-P

A SIM-P é uma condição inflamatória aguda grave que afeta os vasos sanguíneos de crianças e adolescentes, podendo ocorrer, em média, no período de duas a quatro semanas após a infecção pela Covid-19. Apesar de rara, grande parte dos casos de SIM-P necessita de hospitalização para tratamento em Terapia Intensiva, podendo evoluir para óbito.

Ela é responsável por provocar um quadro clínico de inflamação intensa. Os sintomas podem incluir febre persistente, complicações cardíacas como miocardite, valvulite e pericardite, complicações gastrointestinais, conjuntivite, sinais de inflamação mucocutânea (boca, mãos ou pés), insuficiência renal e comprometimento cerebral.

Os casos mais graves apresentam choque com necessidade de suporte hemodinâmico, podendo evoluir para óbito. Os sintomas respiratórios não estão presentes em todos os casos.