Somos vítimas de campanha de desinformação, diz Bolsonaro

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Como esperado, Jair Bolsonaro rebateu as críticas pela destruição do meio ambiente em seu discurso na abertura da 75ª Assembleia-Geral da ONU. Ele afirmou que o apoio de instituições internacionais a esta suposta campanha é explicado pela riqueza dos biomas brasileiros.

“Nosso agronegócio continua pujante e, acima de tudo, possuindo e respeitando a melhor legislação ambiental do planeta. Mesmo assim, somos vítimas de uma das mais brutais campanhas de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal. A Amazônia brasileira é sabidamente riquíssima. Isso explica o apoio de instituições internacionais a essa campanha escorada em interesses escusos que se unem a associações brasileiras, aproveitadoras e impatrióticas, com o objetivo de prejudicar o governo e o próprio Brasil.”

O presidente afirmou que os focos criminosos de incêndio têm sido combatidos e que a propagação do fogo está relacionada à queima de roçadas por parte de caboclos e índios. “Nossa floresta é úmida e não permite a propagação do fogo em seu interior. Os incêndios acontecem praticamente, nos mesmos lugares, no entorno leste da Floresta, onde o caboclo e o índio queimam seus roçados em busca de sua sobrevivência, em áreas já desmatadas.”

De acordo com Bolsonaro, o seu governo tem “tolerância zero com o crime ambiental” e o Brasil é o líder em proteção de florestas tropicais.

A pandemia do novo coronavírus também foi tema da fala do presidente. “Quero lamentar cada morte ocorrida. Desde o príncipio, eu alertei que teríamos que lidar com o vírus e com o desemprego”, disse.

O presidente voltou a falar que as medidas de isolamento não foram determinadas por ele por causa de uma decisão do STF e que o auxílio emergencial “evitou um caos social maior”. Segundo ele, é o maior programa social do país.

“A pandemia deixa a lição que não podemos depender de poucas nações para produção de insumos”, declarou.