Após ciclone bomba, SC terá nova reviravolta no tempo na véspera da Páscoa; veja previsão

Foto: Flavio Tin

Após confirmar a ocorrência de um ciclone bomba no último fim de semana, a Defesa Civil de Santa Catarina alerta para nova reviravolta no tempo. O céu deve fechar a partir desta quinta-feira (6). O feriadão da Semana Santa será chuvoso na maior parte do Estado e a previsão indica risco moderado a alto para danos associados à chuva.

Dentro as possíveis ocorrências associadas ao fenômeno citadas pelo órgão estão alagamentos e deslizamentos. Os ventos intensos também podem provocar destelhamentos, queda de árvores e postes. A Defesa Civil pede que a população acompanhe as previsões dos próximos dias.

Os maiores acumulados de chuva estão previstos para a Serra, Planalto Norte, Vale do Itajaí e regiões litorâneas. “Em alguns períodos, podem ocorrer temporais, com chuva intensa, vendavais e eventual queda de granizo”, destaca a Defesa Civil.

As temperaturas também devem cair em relação aos dias anteriores, com valores médios entre 15°C a 25°C.

Os fenômenos são favorecidos pela “intensificação da circulação marítima, aliada a instabilidades na atmosfera [que] mantém o tempo com bastante nebulosidade e favorece a chuva a qualquer hora do dia”, segundo a Defesa Civil.

Ciclone bomba confirmado

Conforme o órgão, o ciclone bomba se formou a partir de um ciclone extratropical que se formou no oceano, ao sul da região Sul do Brasil.

“Ao longo do sábado (01) e do domingo (02), este sistema se deslocou em direção ao alto mar e adquiriu características de “ciclone bomba”, sendo responsável por provocar ventos com intensidade moderada à forte no litoral sul do Brasil, além de causar ressaca, alagamentos e erosão costeira em diversos pontos do litoral sul e sudeste do país”, destaca o órgão.

Por conta do fenômeno, as ondas chegaram a até 3,5 metros. Os municípios de Balneário Arroio do Silva e Laguna, no Sul do Estado, foram registrados ventos de 79 e 86 km/h, respectivamente. “Em alto mar, as rajadas podem ter ultrapassado os 130 km/h com ondas de até 8 metros”, destaca a Defesa Civil.

Conforme mencionado em nota pela Defesa Civil de Santa Catarina, este ciclone tinha potencial para ser classificado como “ciclone bomba”, um tipo de ciclone intenso, onde ocorre uma queda acentuada de pressão em seu centro num curto intervalo de tempo.

“Os ciclones bomba podem ser classificados de acordo com a escala de Bergeron. Conforme as cartas sinóticas da Marinha do Brasil, entre às 09h do dia 31/03/23 e às 09h00 do dia 01/04/23, o centro do ciclone apresentou uma queda de 20 hPa e esteve posicionado entre as latitudes de 35°S e 40°S. Aplicando estes dados na equação de Bergeron para ciclones bomba, têm-se uma razão de 1.2, o que o classifica como ciclone bomba de fraca intensidade”, finaliza o alerto do órgão.

Por ND+