
Um homem de 22 anos foi preso por descumprir medida protetiva da ex-companheira de 19 anos em Palmitos, no Oeste de Santa Catarina. A Polícia Civil cumpriu, na segunda-feira (23), o mandado de prisão por violência doméstica e de vários descumprimentos de medidas protetivas concedidas.
No dia 5 de janeiro de 2023, o suspeito teria agredido a ex-companheira, após, por meio de denúncia, foi concedida à vítima medida protetiva para que o investigado não se aproximasse ou entrasse em contato com ela por qualquer meio.
Segundo investigação da polícia, as ameaças e perseguições teriam ocorrido ao menos nos dias 6, 9, 11 e 14 de janeiro. Em função disso, a Delegacia de Polícia da Comarca Palmitos solicitou a prisão preventiva do homem e só o encontrou na segunda-feira, no fim da tarde, momento em que ele foi capturado sem oferecer resistência.
Desde o ano de 2018, caracteriza crime o descumprimento de medida preventiva, razão pela qual, além da prisão preventiva, o investigado ainda responderá por vários crimes praticados em sequência.
O homem não conta com histórico policial por outros crimes. Ele foi encaminhado para a central da Polícia Civil em Maravilha, de onde seguirá para o complexo penitenciário de Chapecó.
Região líder em feminicídios
A região Oeste de Santa Catarina lidera o ranking estadual de feminicídios. Já são três anos seguidos, segundo dados de 2020 a 2022 da SSP/SC (Secretaria de Estado da Segurança Pública de Santa Catarina).
Até o dia 14 de dezembro de 2022, a região somou 19 dos 54 feminicídios registrados no Estado no ano, o que representa 35% das mortes motivadas por violência doméstica ou por menosprezo à condição de mulher.
Como denunciar
Em caso de suspeita de violação dos direitos de uma mulher, a vítima, ou o denunciante, deve procurar a delegacia de polícia especializada mais próxima. A denúncia pode ser feita nos números de telefone 180, 190 ou 197. A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas, todos os dias da semana.
O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, que apoia a Operação Maria da Penha, também mantém a Central de Atendimento à Mulher — Ligue 180, que oferece escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência, registrando e encaminhando denúncias, reclamações, sugestões ou elogios ao órgão competentes.