Ex-vereador de Florianópolis, Maikon Costa é preso pela Polícia Civil

Em mandado de prisão preventiva cumprido na manhã desta sexta-feira (30), o ex-vereador de Florianópolis Maikon Costa (Progressistas) foi detido pela Polícia Civil. A ação ocorreu dentro de um processo que tramita na Vara Regional de Garantias da Comarca da Capital. A prisão ocorreu, segundo despacho de mandado obtido pela coluna, por suspeita de coação, perseguição, calúnia, difamação, injúria e crimes contra a honra. O pedido foi feito pela 1ª DP da Capital e referendado pelo Ministério Público.

No pedido, o delegado responsável pelo caso destaca que os crimes teriam sido cometidos contra membros e servidores do Poder Judiciário Catarinense e do Ministério Público, todos atuantes nos processos em que o ex-vereador atua como parte. Nestas eleições municipais, ele é candidato a vereador. No começo deste ano, ele teve o mandato cassado pelos colegas na Câmara.

Ao concordar com a prisão, o MP afirmou: “Segundo informações preliminares, o representado vem se utilizando tanto das suas mídias sociais como de sucessivas visitas presenciais no Tribunal de Justiça de Santa Catarina e no Fórum da Capital, para coagir e intimidar servidores e membros do Poder Judiciário e do Ministério Público, notadamente após a prolação de decisões e/ou manifestações contrárias aos seus pleitos”.

Além disso, a promotoria afirma que Maikon, “diversas vezes e de forma ostensiva, se dirigiu pessoalmente ao Fórum da Capital a fim de se insurgir contra decisões proferidas” por uma juíza e, posteriormente, ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina, no gabinete de um desembargador, “local em que, inclusive, permaneceu sentado por aproximadamente uma hora, a fim de constranger os servidores atuantes nos autos do seu pedido liminar”.

A coluna procurou a defesa de Maikon. A assessoria de imprensa dele disse que está em contato com os advogados para uma posição oficial e afirmou que: “mandado judicial só funciona quando é para parar o Maikon, porque quando é para cumprir o direito legal, ele, aqui em Florianópolis, é como não se existisse. Eles rasgam”.