Ao comentar nesta terça-feira (12) a prisão de investigados pela morte da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, o presidente Jair Bolsonaro disse esperar que as investigações cheguem ao mandante do crime.
Policiais da Divisão de Homicídios da Polícia Civil e promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro prenderam, na manhã desta terça, o policial militar reformado Ronnie Lessa, e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz suspeitos de participarem dos assassinatos da vereadora e de seu motorista. Os crimes completam um ano nesta quinta-feira (14).
Bolsonaro falou com jornalistas sobre a prisão dos suspeitos pela morte de Marielle e Anderson
Bolsonaro foi questionado sobre o caso pela imprensa após evento no Palácio do Planalto, em Brasília, onde ele recebeu o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez.
“Espero que realmente a apuração tenha chegado de fato a esse, se é que foram eles os executores, e o mais importante, quem mandou matar”, disse Bolsonaro.
Foto
O presidente também foi questionado por já ter sido fotografado ao lado de um dos policiais presos na operação desta terça. Ele disse que já foi fotografado ao lado de muitos policiais.
“Tenho foto com milhares de policiais civis e militares, com milhares no Brasil todo”, declarou Bolsonaro.
Ataque em MG
O presidente afirmou ser possível que haja um mandante dos assassinatos de Marielle e Anderson, e que também está interessado em saber quem mandou matar ele.
“É possível que tenha um mandante. Eu conheci a Marielle depois que ela foi assassinada. Não conhecia ela, apesar dela ser vereadora lá com meu filho no Rio de Janeiro. E também estou interessado em saber quem mandou me matar”, afirmou.
Bolsonaro sofreu um atentado à faca em setembro do ano passado, durante um ato de campanha, na cidade de Juiz de Fora (MG). Depois de ter abdômen perfurado no ataque, Bolsonaro passou por três cirurgias.
No mesmo mês do ataque, a PF abriu e concluiu a primeira investigação sobre o caso. Segundo o relatório da PF, Adélio Bispo de Oliveira, que confessou o crime, agiu sozinho. Um segundo inquérito foi aberto para apurar possíveis conexões de Adélio, pessoas que podem ter ajudado o agressor a planejar o crime.
Na semana passada, um laudo feito por peritos indicados pela Justiça Federal apontou que Adélio sofre de uma doença mental. Segundo o documento, Adélio não pode ser punido criminalmente pelo fato.