Governo de SC exonera gerente de tecnologia da SEF investigada na Operação Hemorragia

Operação Alcatraz

A Operação Hemorragia, segunda fase da Operação Alcatraz deflagrada na última terça-feira (19), fez a primeira baixa entre os integrantes do segundo escalão do governo de Santa Catarina. Dayna Maria Bortoluzzi ocupava a função de gerente de tecnologia da informação na SEF (Secretaria Estadual da Fazenda).

Ela foi exonerada do cargo em ato oficial publicado na edição do dia 19, a última disponível no sistema do governo estadual. Em dezembro seu salário líquido foi de R$ 13.279,92 mil.

No momento da operação, a servidora do Estado desde 2007 e que também teve passagens na área de tecnologia nas secretarias de Educação e Administração, estava de férias, desde o dia 4 deste mês.

De acordo com os dados do portal da transparência, a funcionária pública com dedicação exclusiva foi nomeada para o cargo comissionado em junho de 2019.

Fraudes em licitações

Segundo o documento expedido pela Justiça Federal para as busca e apreensão da investigação, a servidora está associada a fraudes em licitações em pelo menos dois núcleos de empresas investigadas, a Alfa Soluções em Tecnologia e a Neoway Tecnologia Integrada.

Além dessa vinculação, Dayna teria recebido mais de R$ 170 mil das duas empresas:

“A autoridade policial apurou que DAYNA teria recebido pagamentos por meio da empresa BORTOLUZZI & SOBRAL LTDA., entre 11/09/2009 e 06/05/2011, totalizando R$ 177.000,00, das empresas investigadas ALFA SOLUÇÕES (RADAMÉS MARTINI) e NEOWAY TECNOLOGIA (JAIME LEONEL DE PAULA JÚNIOR), além de ter participado de outros certames em favor de RADAMÉS e JAIME, objeto de itens mais adiante”, informa o relatório da operação ao qual o Grupo ND teve acesso.

A reportagem procurou a SEF, que deve emitir um posicionamento sobre a exoneração da servidora ainda nesta quarta-feira.