Novembro – mês de conscientização sobre a história Afro-Brasileira.

O ano de 2020 trouxe com ele muitos desafios, sanitários, econômicos, sociais e trouxe à tona muito fortemente o tema racismo. O mês de novembro traz essa mesma pauta, por ser o dia 20 um dia dedicado à conscientização sobre o racismo e à luta de todo povo negro que foi escravizado por mais de 300 anos nesse país.

Atualmente movimentos e OSC (organizações da sociedade civil) se organizam para combater o racismo estrutural na sociedade que se expressa, dentre outras formas, através de hábitos relacionais, sociais e religiosos. Dedica-se o dia da consciência negra para a luta por igualdade de acesso aos direitos humanos, sociais, civis e políticos.

Por entender a importância de manter viva a história e a cultura Afro-Brasileira, em 2003 virou lei federal que as escolas brasileiras incluíssem em seu currículo o estudo dessa história e na mesma lei ficou instituído à data de 20 de novembro como Dia da Consciência Negra e Dia de Zumbi.

Os quilombos foram espaços marcados pela resistência de negros escravizados que fugiam dos maus-tratos sofridos na senzala, assim buscavam espaços de difícil acesso para que não fossem recapturados e formavam comunidades que abrigavam escravos fugitivos, alforriados, brancos pobres e indígenas. Era o espaço que se encontravam seguros, dentro do possível, para viverem sua cultura, sua arte e sua religião de forma livre.

Atualmente ainda existem várias comunidades quilombolas no Brasil, em Santa Catarina existem 16 comunidades certificadas e reconhecidas como quilombolas, pela Fundação Palmares, duas delas estão próximas de Itapema, a comunidade Morro do Boi, em Balneário Camboriú e a Comunidade Valongo, em Porto Belo. Estima-se que existam no total cerca de 40 comunidades no estado.

Em Itapema é necessário a retomada desta luta das comunidades negras, a retomada dos estudos acerca da história do possível quilombo dos Lucrécias (comunidade do Tabuleiro dos Oliveiras) e a organização institucional desta pauta fundamental em Direitos Humanos.

Reportagem: Instituto Araxá – Projeto SUA CAUSA, NOSSA CAUSA