Paralisação nacional contra os cortes na educação

Mais de um milhão de pessoas, dentre estudantes, professores e profissionais da educação, ocuparam as ruas de cerca de 200 cidades brasileiras no dia de ontem (15) para protestar contra o bloqueio de verbas da Educação.

Há pelo menos cem anos o país não via tamanha mobilização diante de um governo completando seus primeiros cinco meses de mandato. Informado a respeito, o presidente Jair Bolsonaro, que estava nos EUA, declarou: “É natural, é natural. Agora… a maioria ali é militante. É militante. Não tem nada na cabeça. Se perguntar 7 x 8 não sabe. Se perguntar a fórmula da água, não sabe. Não sabe nada. São uns idiotas úteis, uns imbecis que estão sendo utilizados como massa de manobra de uma minoria espertalhona que compõe o núcleo de muitas universidades federais do Brasil.”

No plenário da Câmara dos Deputados, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, argumentou que não há cortes, mas um contingenciamento, onde o dinheiro deve voltar uma vez que o caixa do Estado encher.

Em paralelo, também nesta quarta-feira, o governo informou que a previsão oficial do crescimento do PIB de 2019 caiu de 2% para 1,5%. Segundo Paulo Guedes, ministro da Economia, será necessário congelar mais verbas para lidar com a atual situação do Brasil. “Está nas mãos da Casa nos tirar do fundo do poço com equacionamento fiscal” afirmou o ministro.