Índices indicam recuperação da indústria de construção civil e aumento da confiança no setor industrial brasileiro

construção civil

Após quedas consecutivas nos últimos anos, a indústria da construção civil está apresentando sinais de recuperação. É o que demonstram os dados divulgados pela Sondagem Indústria da Construção, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia.

O índice de evolução do número de empregados da construção civil cresceu 0,6 ponto percentual, alcançando 50,1 pontos em setembro – de acordo com a metodologia de pesquisa, números acima de 50 apontam crescimento. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (28) pela CNI, com base em uma pesquisa que ouviu 461 empresas do setor durante os primeiros 14 dias do mês de outubro.

Essa foi a quarta alta consecutiva do índice de empregados de acordo com a Confederação da Indústria. Com isso, o indicador atingiu o maior patamar desde abril de 2012 (51 pontos), em pouco mais de oito anos. Valores acima de 50 indicam aumento no emprego frente ao mês anterior, e resultados abaixo de 50 pontos indicam queda na mesma comparação.

De acordo com o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, vale lembrar que as altas registradas nos últimos meses foram precedidas de fortes quedas nos meses de março e abril, que levaram o emprego a um patamar muito baixo. Neste terceiro trimestre, os empresários da construção se mostraram menos insatisfeitos com a situação financeira. O indicador que mede a satisfação ainda está no negativo, em 44,7 pontos, mas subiu 6 pontos na comparação com os três meses anteriores.

Divulgação: O Atlântico

 

Setor industrial brasileiro está confiante

O Índice de Confiança da Indústria, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), apresentou alta de 4,5 pontos na passagem de setembro para outubro deste ano. Com isso, o índice de confiança do empresário da indústria brasileira atingiu 111,2 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. A pontuação é a maior registrada desde abril de 2011 (111,6 pontos).

Dos 19 segmentos industriais pesquisados, 16 registraram aumento de confiança. O Índice de Situação Atual, que mede a percepção do empresariado em relação ao presente, avançou 6,4 pontos para a marca de 113,7 pontos, o maior valor já registrado desde novembro de 2010.

O Índice de Expectativas, que mede a confiança no futuro, atingiu o maior patamar desde maio de 2011, subindo 2,7 para 108,6 pontos. A melhora foi puxada pelo indicador de evolução do ambiente de negócios nos seis meses seguintes, de 96,5 para 100,8 pontos, na zona de neutralidade, mas ainda abaixo de fevereiro (104,9).

A parcela de empresas que preveem melhora no ambiente de negócios aumentou de 39,9% para 45,7%, e a proporção das que projetam piora caiu de 13,6% para 11%. O indicador de produção prevista para os próximos três meses subiu 2,5 pontos, para 113,6, e o de emprego previsto cresceu 1,1 ponto, para 110,9.

Segundo a economista da Fundação Getúlio Vargas, Renata de Mello Franco, os resultados obtidos pela sondagem de outubro mostram que o setor industrial está otimista de que estes índices serão mantidos pelos próximos três meses. No entanto, há uma demora na recuperação do indicador de tendência de negócios, o que sinaliza uma preocupação dos empresários sobre a sustentação desse nível de otimismo por um período mais longo, considerando o fim dos programas de auxílio emergencial, explica a economista.