Com a aproximação do inverno e temperaturas despencando ao longo do dia, inicia-se o questionamento se o aparecimento de alguns sintomas de doenças respiratórias são apenas um “resfriadinho” ou sinal de contágio da Covid-19.
Além disso, com temperaturas mais baixas, as pessoas costumam ficar em ambientes fechados, resultando na baixa circulação do ar.
O presidente da Acapti (Associação Catarinense de Pneumologia e Tisiologia) e pneumologista, Fábio José Fabrício de Barros Souza, destacou quais as principais diferenças entre as doenças respiratórias mais comuns e o possível tratamento. No entanto, ele alertou para os cuidados por conta do atual momento.
“Como estamos vivendo um momento de pandemia, precisamos lembrar do risco de contaminação e tomar cuidado. De uma maneira geral, o novo coronavírus é multifacetário e pode apresentar sintomas, por exemplo, coriza e tosse seca, simulando uma rinite, momentos de falta de ar parecido com a asma”, explicou.
No caso da rinite, causada pelo contato com poeira, pelo de animais e mudanças climáticas, o pneumologista alertou que os sintomas podem ser gotejamento pós nasal (quando ocorre a produção excessiva de muco), relacionado com a obstrução e coceira nasal.
“O uso de solução fisiológica e corticoide nasal pode apresentar uma resposta razoável. Dependendo da gravidade, existe a necessidade de anti-histamínicos (antialérgicos) e comprimido para diminuir a alergia”, explicou.
Os principais sintomas da asma são tosse, chiado no peito ou falta de ar, principalmente durante o esforço físico ou mudanças climáticas, por exemplo, no início da manhã e da noite, alerta Fábio José Fabrício de Barros Souza.
“As bombinhas e medicações bronco dilatadoras irão fazer um bom efeito no caso de asma. O diagnostico é feito com a espirometria, conhecido como exame do sopro”, recomendou o pneumologista.
Se houver a suspeita de contágio da Covid-19, Fábio José Fabrício de Barros Souza destacou que é sempre importante manter o isolamento social e realizar o teste PCR (cotonete) entre três e sete dias após o aparecimento dos sintomas, de preferência.
Além disso, indicou o acompanhamento com o auxílio do oxímetro, que permite medir a oxigenação no sangue. “Se a saturação ficar abaixo de 94%, por exemplo, é necessário procurar o atendimento”, completou.
Assim com destacou a importância de acompanhar as pessoas que testaram positivo, mas ainda não apresentaram sinais mais graves da doença.
“De maneira geral, o que falta muito é o acompanhamento desses pacientes, principalmente em casos ambulatoriais. Isso para que não fique mais grave, por exemplo, falta de ar e muitas lesões pulmonares e acabar buscando atendimento tardio”, pontuou.
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