Governador Carlos Moisés não descarta comemoração de Réveillon em SC

Ao contrário do Rio de Janeiro, Bahia e São Paulo, que admitiram recentemente que não vão realizar Réveillon e possivelmente vão transferir para junho de 2021 o Carnaval, Santa Catarina deve seguir com a programação da virada de ano. Ao menos, foi o que o governador Carlos Moisés, disse em entrevista à colunista Estela Benetti, da NSC. Ele não descartou a realização de festas de Réveillon no Estado na virada para 2021. Disse que será preciso avaliar o que acontece no dia a dia da pandemia, como estará o quadro em setembro e nos meses seguintes. “A gente vai ter que ver o que acontece no futuro, como estaremos em setembro. Atualmente estamos com pouco mais de quinhentas mortes. Não sei se em setembro estaremos desmobilizando as UTIs ou se estaremos em falta. A corrida é no sentido do que acontece no dia a dia”, comenta.  Segundo ele, o estado tem feito a gestão da crise de acordo com a evolução dos acontecimentos. Citou como um exemplo o fato de ter planejado hospitais de campanha e, depois, ter concluído que não seria preciso contratar.

“Se lá em agosto, setembro, outubro ou novembro tivermos uma condição de normalidade, o que é muito difícil, a gente pode pensar num final de ano muito diferente. Agora, se a gente chegar lá enfrentando ou um platô, ou um declínio lento, não sendo acentuado, a gente vai ter que manter as medidas de precaução no final de ano também, o que seria muito ruim porque temos o setor de turismo, especialmente hotelaria, bares e restaurantes, que seria muito afetado”, observou Moisés.

De acordo com o governador, o desejo é sair da pandemia, mas até o final do ano não será possível por meio de vacina, que é o mais desejável. Falou que tem conversado com especialistas da área para quem uma vacina só estará disponível para toda a população em meados do ano que vem. “Esse é um grande dilema. Como sair da pandemia? Imunizando rebanho. Como se imuniza rebanho? Vacinando. Mas não tem vacina. Esse é o nosso grande paradoxo, que precisamos enfrentar. E quem pode estar à frente desse processo? Aqueles que não são vulneráveis, que têm que continuar trabalhando, mantendo os serviços essenciais. A população terá que ser imunizada. E quem nós vamos proteger? Os idosos, os que têm comorbidades. A gente espera que o vírus saia de circulação e eles fiquem em casa”.