Haitiana grávida é vítima de estupro coletivo

Se não bastasse lidar com o problema que enfrentava em seu país de origem, um casal do Haiti, que mora em Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), foi vítima da pior das situações: um estupro coletivo. No último domingo (13), eles tiveram a casa invadida por quatro homens que, além de roubar os poucos pertences da família, estupraram a mulher. A imigrante está grávida de um mês. Os quatro suspeitos já foram presos pela Polícia Civil de Fazenda Rio Grande, município vizinho de Mandirituba.

A delegada Gislaine Ortega, que comanda a Delegacia de Fazenda Rio Grande, contou que o crime aconteceu por volta das 9h30 de domingo. “Os bandidos entraram na residência do casal para roubar os poucos bens que o casal mantinha. Quando viram que se tratava de uma mulher que estava lá, além de roubarem as vítimas, abusaram sexualmente dela”, relata a policial.

Além da violência sexual, a mulher também ferida com facadas e ameaçada de morte. “Todo o ato foi cometido na frente do marido dela, que não teve sequer como reagir”, detalhou Gislaine.

 O casal contou à polícia que os bandidos ficaram por volta de duas horas e meia dentro da residência. “Quando foram direcionar a agressão ao marido, a mulher conseguiu fugir. Ela pulou de uma altura de aproximadamente um metro e se fingiu de morta. Nisso, os quatro se assustaram e correram da casa”, aponta a delegada.

Na delegacia, a haitiana conseguiu reconhecer dois suspeitos. Como o relato dela à polícia era de que quatro homens haviam abusado dela, os investigadores iniciaram a busca pelos outros dois suspeitos. Próximo do local do crime, os policiais descobriram que um dos suspeitos teria comprado uma garrafa de bebida alcoólica numa mercearia. “Chegamos até o local de trabalho dele e, ao ser abordado, ele primeiro negou o crime, mas depois confessou que os quatro estupraram a mulher”, relata a delegada.

Os quatro foram levados à Delegacia de Fazenda Rio Grande e tentaram justificar o crime dizendo que a intenção era somente roubar. “Ele afirmaram que , como estavam loucos, fizeram o que fizeram. Agiram com muita violência, machucaram muito a mulher, cometeram todos os abusos que a gente pode imaginar”, desabafou a delegada. Os suspeitos têm entre 18 e 25 anos, são moradores de Mandirituba e não tinham passagens criminais.

Hospitalizada

A haitiana foi encaminhada a um hospital. Por estar grávida de um mês, precisou de um atendimento ainda mais delicado. “Ela vai precisar de acompanhamento, principalmente na questão da medicação necessária, para não prejudicar a gestação. Todo o atendimento tem sido acompanhado por uma equipe de assistência dos organizadores do projeto que atende o casal por aqui, pois há certa dificuldade pelo idioma, que eles só falam francês”, explicou Gislaine.

Com informações Gazeta do Povo