Mesmo com mais banhistas nas praias, SC tem queda de 25% nos salvamentos; veja dados

O primeiro balanço da Operação Veraneio foi divulgada pelo CBMSC (Corpo de Bombeiros Militares de Santa Catarina) na tarde desta terça-feira (28).

Em comparação com o mesmo período da temporada 20/21, o número de salvamentos e resgates caiu em 25%. Já em relação a 19/20, a queda foi de 32%. A corporação atribui esses dados ao avanço das informações de cuidados no mar.

 

Confira o balanço completo:

Primeiro balanço da Operação Veraneio 2021/2022 foi divulgado nesta terça (28) – Foto: CBMSC/

“Ao o que se deve isso? Nós ampliamos o nosso processo de informação com relação aos cuidados no mar”, afirma Hilton de Souza Zeferino, Subcomandante-Geral do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina.

“Até porque se você observar nos três períodos, o número de prevenções está estável, os guarda-vidas estão trabalhando efetivamente na mesma linha de ação que vinha sendo desenvolvido”, argumenta.

Zeferino destaca que a melhora nos números se deve ao avanço no trabalho de orientação e conscientização dos banhistas.

“O que nós ampliamos foi justamente o trabalho de informação em relação aos cuidados do meio aquático, e a gente tem a expectativa, pelo menos no nosso entendimento, que este trabalho feito está surtindo efeito em razão dos números que nós estamos tendo com relação ao salvamento de resgate”.

O subcomandante ressalta, ainda, a alta significativa na quantidade de banhistas presentes no Estado em relação à última temporada, ainda em meio a uma situação sanitária muito pior por conta da Covid-19.

“Se observar na orla catarinense, nós temos um acréscimo significativo de banhistas, né? Mesmo com esse número significativo de banhistas em toda a faixa litorânea, nós reduzimos o número de salvamentos e resgates realizados”, comemora.

Como o Corpo de Bombeiros avalia os números?

“No geral são números positivos”, salienta Hilton Zeferino. Ele menciona com pesar, no entanto, as cinco mortes por afogamentos no Estado, que ocorreram em áreas que não são cobertas pela corporação.

“É lógico que nós não queríamos ter registro de nenhum afogamento, tanto em água salgada como em água doce, mas se a gente observar todos os cinco afogamentos registrados, são em áreas não monitoradas, onde os bombeiros não têm intervenção direta”.

O subcomandante cita também os principais pontos de atenção instigados pelos números divulgados nesta terça para o resto da temporada.

“A gente reforça os cuidados ainda com a população, que tomem cuidado, efetivamente se puder tomar banho ou se refrescar em áreas monitoradas, onde os bombeiros estejam presentes, melhor”.

“Senão, tenham sempre aqueles cuidados mínimos, né? Atenção, sempre estar com alguém junto, sempre estar próximo a um local seguro, pra que a gente não tenha registros nas próximas semanas”, orienta.

Por fim, Hilton Zeferino classifica o balanço, no geral, como dentro do esperado e do aceitável. “Todos os dados relatados ali estão dentro daquela condição normal que nós temos acompanhado ao longo da operação dos últimos anos”.

 

O primeiro boletim da Operação Veraneio

Como acontece anualmente, o CBMSC estrutura a Operação Veraneio da seguinte forma: pré-temporada, que iniciou no dia 09 de outubro, temporada, que iniciou no último dia 18 e vai até 06 de março e pós-temporada, que inicia no dia 07 de março.

O balanço divulgado nesta terça é o primeiro da temporada 2021/2022. A corporação trouxe também o comparativo com as duas temporadas anteriores em relação ao número de prevenções e água doce.

 

Confira por ano:

Prevenções:

  • 19/20: 572.338;
  • 20/21: 581.817 (contando ainda as prevenções em relação à pandemia);
  • 21/22: 577.955.

Afogamentos – águas salgada e doce:

  • 19/20: 10, sendo 06 em água doce e 04 em água salgada;
  • 20/21: 03, todos em água doce;
  • 21/22: 05, sendo 02 em água doce, 03 em água salgada – todas as vítimas são do sexo masculino e a média de idade é de 28 anos.

As cinco mortes por afogamentos foram de homens; média é de 28 anos

Entre as cinco mortes registradas neste primeiro período da temporada, o Corpo de Bombeiros informou que todos foram homens, com uma média de idade de 28 anos.

A corporação alertou, ainda, que “todos os afogamentos registrados, mesmo os dos outros anos, não aconteceram em área ou horário de monitoramento do CBMSC”.

Por ND+